"Joal" in Santa Barbara

Friday, November 09, 2007

Um "Ruço" em Santa Barbara

Quando falo português, a mais comum previsão que se faz por aqui é que estou a falar em russo. Já me tinha apercebido da semelhança de sons e, principalmente, de quão bem um russo, ou um eslavo em geral, consegue falar português.

A primeira vez que me apercebi desse facto foi no INSEAD quando estava a falar com um colega do José Miguel Gaspar. Falávamos em português, sem nos termos apresentado um ao outro. Estava para lhe perguntar de onde em Portugal ele era quando ele me diz que era de Moscovo e que tinha aprendido português no liceu. Fiquei pasmado.

Por cá, conheço outro russo que fala um bom português. Ele viveu uma temporada no Brasil, onde, acho, vive o resto da familia dele. Um dia falávamos no UCen e fomos interpelados por uma senhora que nos perguntou que lingua falávamos. Dizia ela que parecia russo, mas tinha palavras espanholas no meio.

Outras vezes com a Sofia, também nos aconteceu algo de parecido. As pessoas ficam muito surpreendidas que seja uma lingua latina, tão parecida com o espanhol e que soe tão diferente. Inclusive o nosso sotaque inglês.

Neste quarter, um dos meus colegas que está a dar a cadeira comigo disse-me que tinha alunos a perguntar pelo outro TA russo. Ele a principio não sabia quem poderia ser, mas como os outros dois TAs são chineses, claramente não eram eles. Ele concluiu que só poderia ser eu.

Eu sei que não tenho a morfologia típica portuguesa, mas pensarem que sou russo... Recorda-me os primeiros tempos em Bruxelas em que por alguns meses as pessoas pensavam que era austriaco, porque nos primeiros dias apareci com uma swetshirt a dizer Vienna.

Outro episódio aconteceu há uns dias atrás. O meu housemate Markus, alemão, tem uma namorada russa, atenção. Estava na sala a ouvir o relato do Sporting v Naval quando ele me pergunta se estava a ouvir alguma radio russa.

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